quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Trisquel GNU/Linux

Depois de ler o livro “Software Livre A luta pela liberdade do conhecimento”, lançado em março de 2004 pela editora Fundação Perseu Abramo e escrito por Sérgio Amadeu da Silveira, resolvi ler a entrevista de Richard Stallman e Brian Gouth na edição de aniversário de 1 ano da revista “espírito livre”, número 013 de Abril de 2010. Em 6 meses de muita pesquisa relacionada ao software livre, minha visão de tecnologia e informação ficou muito mais aberta.

Nos primeiros meses desse período redescobrir os sítios gnu.org e fsf.org e que o projeto GNU tinha uma lista de distribuições recomendáveis para se usar. Depois me dediquei a ler o máximo de páginas que o sítio gnu.org disponibilizou em português. GNU Hurd, GNU Guile, GNU Shepherd, GNU jogos, um universo de informações totalmente novas dentro do GNU GSRC mostra que o projeto GNU é muito mais generoso que os sítios do Ubuntu que se limitam apenas a soluções técnicas e o Debian que deixa tudo muito sobrecarregado e disperso. Agora eu já tenho impresso minhas leituras favoritas do gnu.org.

Nos últimos meses eu já tinha informações sobre o Linux-libre, o que é “blobs” e como a batalha pela liberdade estava mais adiantado do que eu poderia sequer imaginar. Tenho que dizer que eu suspeitava por anos e depois a falha nos processadores da Intel a nivel de hardware, que teve uma repercussão considerável, foi um empurrão a mais (não me pergunte sobre a linha temporal). Sei que seis meses parece muito tempo pra uma pessoa experiente no mundo Linux, migrar para o mundo GNU, mas o país (Brasil) em 2018 está em grave crise e não tenho acesso frequente a internet banda larga.


Na primeira oportunidade que tive, baixei quatro distribuições GNU/Linux. Trisquel, PureOS, GuixSD e gNewSense. Por problemas que tive (gNewSense não tinha drivers para minha placa Wifi, o PureOS não tinha nenhum jogo instalado e o GuixSD inicializava em modo texto) e pela semelhança com o sistema que eu já usava, o Ubuntu, eu escolhi o Trisquel.

Nenhum arrependimento até agora, pelo contrário. O Trisquel me pareceu mais profissional do que o Ubuntu, afinal, por ser 100% livre, a ideia de confiabilidade pareceu bastante lógica. O Trisquel utiliza o Linux-libre, portanto sem risco de se tornar refém de “blobs”. E os responsáveis se comprometeram a não disponibilizar nenhum pacote não-livre em seus repositórios, diferente do “snap” do Ubuntu.

A melhor parte do Trisquel 8.0 é o seu ambiente gráfico, o MATE. Esse é o gnome 2.0 sob nova direção. A aparencia é de KDE, mas logo que se aprofunda fica claro de que é o MATE. E como é bom esse desktop. Sua flexibilidade lembra o ponto alto do KDE 3.5, a ponto de adicionar o executável do Blender que eu tinha ao menu. Nem preciso instalá-lo mais. E nem havia percebido a falta que os applets fizeram a mim. Finanças, notas e temperaturas, se tivesse espaço no painel do MATE colocaria mais.

O único problema que tive não foi com o Trisquel, mas com o UEFI. O sistema funcionou perfeitamente. Sem nenhum bug bobo. Apesar de parecer se distanciar de um sistema avançado ao usar o MATE ao invés do Gnome Shell (que é usado pelo gNewSense, PureOS e GuixSD), o ambiente funciona de forma impecável, mais do que o Gnome Shell no Gubuntu 16.04. Então não há como dizer que houve o ambiente é ultrapassado. Há ainda os sistemas Dragora, Dynebolic, Music, Parabola e o Ututo S, mais no final achei minha escolha para descarregar a melhor.

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